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Mostrando postagens de 2014

Dos erros de opinião das pessoas ditas sinceras

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Dos erros de opinião das pessoas ditas sinceras O filósofo René Descartes escreveu certa vez das opiniões que tinha na infância, e que depois descobriu não serem corretas. Vemos em nossa sociedade, com toda essa informação, que muitas opiniões não são comprovadas, e que quase sempre se baseiam em raciocínios falsos. Existe uma arte para verificar a validade desses raciocínios. Essa arte se chama lógica. Vemos pessoas falando toda a sorte de barbaridades, e sendo descritas como “sinceras” ou de “gênio forte”, quando na verdade apenas têm um gênio equivocado, e nos dão confusões em raciocínios. Isso se revela muito em conclusões baseadas em achismos. Pior ainda se dá com relação a valores, onde se quer colocar uma moral de 500 anos atrás, na sociedade atual, o que é sobremaneira impossível. Do geral são erros de opiniões, dos quais jornalistas muitas vezes não escapam, uma vez querendo divulgar uma “polêmica”.   O primeiro engano está em generalizações e preconcei

Vivemos em um tempo de pouco entusiasmo

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Vivemos em um tempo de pouco entusiasmo Conversando essa semana com filósofos e escritores, percebi que um assunto que nos envolveu foi a diferença de nosso tempo em comparação ao passado, onde a alegria vinha antes sem motivo e sem interesses financeiros. As pessoas por outro lado, atualmente não se envolvem, evitam compromissos e procuram antes tirar vantagem em tudo, desfavorecendo relações mais humanas e fraternas. Temos já robô pousando em cometa, contudo deixamos nossa saúde e alegria para segundo plano, provocando toda a sorte de males de saúde, em uma vida onde o estudo e trabalho nos comprometem e anulam outros aspectos da personalidade, essa total e com grande importância no entretenimento e emoção. Um tempo de pouco entusiasmo e de depressão: isso o que vivemos. Não raro acho que todos nós possuímos momentos difíceis ou de tristeza. Igualmente amigos que sofrem com depressão. E depressão é coisa séria, não é invenção ou fingimento. Há pessoas que são ta

O dia de todos os santos e o dia das bruxas

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O dia de todos os santos e o dia das bruxas Presenciamos com respeito o cuidado com os ancestrais, seja através da limpeza e reparo de sua última morada, seja através de orações, homenagens e mesmo através do perdão. Os finados são assim encaminhados a entrada no paraíso e ao desapego desse mundo, bem como informados sobre sua transição. Também nos mostra jovens comemorando o Halloween, em festividade das bruxas, e que essa ainda mais antiga, remonta a comemorações celtas de 3000 anos. Mas resta a homenagem aos antepassados, e o respeito por suas almas. A cultura judaico-cristã não está afastada de respeitar os seus mortos. Mesmo porque isso implica também a doutrina da ressurreição dos mortos, e por isso de se guardar tanta importância. No livro da Bíblia de Macabeus, se fala das almas, e existe uma pré-existência da alma. Há no Taoismo chinês, que limpa túmulos no mês de abril, uma doutrina de 14 gerações, onde se deve essa reverência. Já as gerações da família de

A linguagem corporal da mentira

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A linguagem corporal da mentira   Faz alguns anos que estudo linguagem corporal, na forma de passa-tempo, apesar de não praticar tanto. Atualmente estamos em um momento em que é favorável a leitura corporal, de modo especial a verificar os sinais de mentiras. Quando escrevi meu livro Fisionomia Oculta, não concentrei na época muito a linguagem nesse sentido, mas na leitura de rosto e nos padrões quase esotéricos seguidos pelas pessoas, bem como nos temperamentos. Porém, fato claro é que muitas pessoas são enganadas, e que os prejuízos podem ser vários, levando-se em conta a confiança que se ainda pode ter no ser humano. Mas nem sempre é tão claro, e os mentirosos podem conviver muito proximamente, e nos tentar convencer com discursos emocionais e cativantes. O atual momento de campanha política revela especial a esse objetivo, ou seja, de se ver os sinais de comportamento.     Em meu escritório já atendi gente que se disse enganada, e que teve prejuízo financeiro.

Motivos espirituais do amor e as Vidas Passadas

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Motivos espirituais do amor e as Vidas Passadas Ultimamente ando lendo um livro chamado “Em busca das vidas passadas”, de Judith Johnstone e Glenn Williston, de modo que percebo cada vez mais que todas as experiências são necessárias, ainda mais as frustrações amorosas. O amor une pessoas diferentes e acaba compensando inimizades de várias existências, sendo sempre um acordo. Não existe amor à primeira vista, mas sim reencontros de antigos amores. Também o amor pleno nem sempre é apenas de homem-mulher, casamento, mas muitas vezes irmãos, filhos e pais, e assim por diante, se traduzem nesse amor de almas-gêmeas. E como já falei em meu livro Mistérios ocultos do amor, irmãos gêmeos são almas-gêmeas.   De início me impressionei quando de um dos relatos de hipnose, surge uma moça que diz de uma vida passada, em conflito com a atual, de modo que havia um motivo mais do que sério para ela ter problemas com o atual marido. Na vida passada ela era judia e ele era al

Por quê às vezes somos mal-amados?

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Por quê às vezes somos mal-amados? Recentemente vi em programa de TV um rapaz que tinha um amor virtual, e que pela pesquisa de apresentadores essa mulher o enganava. Assim o rapaz foi junto a equipe conhecer a mulher, que não tinha nenhuma semelhança com aquela que ele havia conhecido. É que pessoas mal-amadas procuram relacionamentos virtuais, mágicos e muitas vezes se anulam. Assim não veem muito a sua frente. As pessoas conquistadoras zoam muito e aproveitam, enquanto os românticos ficam encontrando migalhas de afeto. Vivemos em um tempo mais realista, porque as pessoas ficam, têm relações eventuais e ainda não se apegam tanto. Isso torna cada vez as relações menos legítimas e sinceras. E quem fala em sinceridade, tem muitas vezes já muitos relacionamentos no passado, filhos e casamentos. Sinceridade se tornou normalizar os erros e enganar sob pretexto de que agora “mudou”. Assim procuram pessoas mais legais, inteligentes, e enganam os mal-amados e inexpe

O antigo e o moderno na semana do museu

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O antigo e o moderno na semana do museu Semana passada tivemos a semana do museu. Deste modo, fui visitar pela primeira vez que me lembro o local, de modo a ficar encantado com as peças que lá eram exibidas. Eu já sabia um pouco da história do Dr. Wolff, com as perseguições que sofreu e vitórias, mas também lembrei de fatos familiares. Por outro lado, fui domingo ao evento cultural, com apresentações de poesias, capoeira, música e teatro, e também me impressionei com a juventude lá presente, e com a modernidade que estava naquele pátio do museu. Diferente do que pensei, o ambiente era familiar e tranquilo, e não a acusada bebedeira que vimos partir de certas fontes duvidosas e mal informadas. Havia até samba e bossa nova, bem como uma banda de blues, Buss and Blues, que chegou a tocar até uma música de B.B. King, bem como uma banda de rock que encantou com Doors e Pink Floyd. Isso tudo junto a um museu aberto, o que nos dá esperança para a cultura e educação.   Quan

Cartas de um filósofo

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Cartas de um  filósofo  "O determinismo e inatismo talvez não sejam nem mera probabilidade. Assim não precisamos ser europeus, norteamericanos, brancos ou qualquer coisa: basta que filosofemos. A desculpa de preconizar a razão, ou mesmo alguma tradição também não interessa, o que importa é ter um discurso, e temos o nosso. Por isso falei de instinto e emoção, que sempre ou quase foram colocados de lado na filosofia moderna, com seu quase geral racionalismo. Mas a filosofia sempre teve a tendência a se universalizar".       "Já no que superou o animal, o homem quer um dia ainda superar a si mesmo, os seus erros. De certo modo isso antes estava restrito a sacerdotes, xamãs, feiticeiros, magos etc, mas com a informação e com certa evolução em massa, seja pela educação obrigatória, seja por uma sociedade mais centrada na razão, e até informação enlatada, vemos na filosofia o acesso a quem assim queira, sem votos de castidade ou conversões, ou mesmo s

A cultura da imagem e a literatura infantil

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A cultura da imagem e o dia da literatura infantil Hoje antes de nascer-se, se existe em um monitor, numa tela. Antes de uma criança falar, ela sabe ver TV, celular ou mexer no computador, ela nasce assim na cultura da imagem, no maior paradigma do nosso tempo. Reflete assim a sociedade, os signos e linguagens macro e microcósmicos de toda a ciência, do pacto social. Por outro lado, vem essa semana o dia da literatura infantil (dia 2 de abril), que desde os livros musicais, contos de fada, bem como os trabalhos de um Monteiro Lobato ou Maurício de Souza, com sua turma da Mônica, bem como concorrem com aqueles filmes engraçados de animações de computador. Todos lembram dos temas de Monteiro Lobato, mais pela TV que pelos livros, o que é triste e revela nossa fraca cultura para a leitura. Vemos que nos contos de fadas existe toda uma lição sobre virtudes, política e mesmo sobre a psicologia humana. De longe tem temas adultos, revestidos por personagens e símbolos. O “J

Carnaval, quarta-feira de cinzas e a Quaresma

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Carnaval, quarta-feira de cinzas e a Quaresma   Presenciamos nessa semana um feriado que nos proporcionou um descanso e um pouco de reflexão. Mesmo em se dando mais importância ao carnaval que a quarta-feira de cinzas, fato é que devemos lembrar do que significam essas datas, que para os antigos se revestiam de muita importância. Das datas, o carnaval seria o entrudo português, onde se jogava farinha, água, tinta etc. Também vemos um período que para antigos antecipava a ira de Deus, e por isso de aparentemente se “aproveitar” o tempo. A festa do carnaval era religiosa e servia para compensar a quaresma, onde se fazia abstinência de carne e outras, como por jejum, e assim antecipava a quarta-feira de cinzas, de modo que se comia muitas frituras, na chamada terça-feira gorda. Vemos que a festa da carne, ou carnaval, em muito continua tradições pagãs, como a festa dionisíaca. A quarta-feira de cinzas simboliza muito as cinzas, ou o pó, uma vez que segundo a Bí

Do poder educativo da crise pessoal

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Do poder educativo da crise pessoal   Se o homem pudesse, ele viveria em constante satisfação e alegria, porém não é isso que ocorre. Nem pode ocorrer, pois aprende mais com a crise e a insatisfação. Isso o educa para ser mais forte. Como há um aspecto mais importante do que o prazer corporal, ou melhor, apenas para si próprio, não haveria sentido para a convivência social. A crise pessoal surge porque há algo errado. Assim, ocorre que há uma pré-disposição a conduta antissocial, o que pode agravar ainda mais o quadro da pessoa com uma crise. Uma vez que há já uma barreira em si mesma, há uma também em relação à sociedade. Havendo então uma guerra é insano entregar-se ao inimigo. O erro de alguns está na sua falsa bondade, naquela bondade que não é da natureza do ser que a manifesta. É o resultado de uma cultura, de certa coletividade, ou seja, de um rebanho. Seria bom nos tornasse melhores, porém na maior parte dos casos não ocorre. Entretanto, o melhor é ir de encontro