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Mostrando postagens de junho, 2011

Poesias e quadros no shopping

Poesias e quadros no shopping Zipperer, até domingo Enchente de cachaça Seu José sonha com chuva de cachaça, Por isso não se assusta com enchente, Mesmo sem dente, Tira rolha de garrafa, Que racha e não quebra, A alegria irresistível da graspa. Cambaleando, andando de volta pra casa, Dona Frida esperando, Com panela na mão segurando, Grita e se desgoela, Pra acordar Seu José roncando. Radio “véio” noticiando a tormenta, O “véio” nem assim ressuscita, Pois ainda na terceira garrafa não desistia, E agora dorme feliz na separada caminha. Não caminha sem valeta que o engula. Desgraçado, trocou Frida pelo guarda-chuva, Não mais abraça a pensionista, Que na casa habita desolada, Panela trocada, “chapér” na cabeça desmorona. Frida não sabe o que fazer com o bêbedo, Pois ele pensa estar em enchente de cachaça. Seu José e Dona Frida, guarda-chuva e garrafa, Amor que dura mais que em alto mar a ventania, E que é forte como a rocha litorânea. Cana é só mais um doce em sua vida, “Se aco

Velho oeste no sul

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Velho oeste no sul          Hoje eu tava meio assim, saca, naquele domingo que deixa agente puto. Sorri por alguma bobeira, e parece que sorrimos mais com bobeiras que coisas engraçadas que foram feitas para divertir. Na TV tinha a porcaria de sempre, e TV aberta tá uma mer... Eu ouço meu pai assistindo aqui de outro quarto, e lá na sala ecoa um som meio sinistro, desses programas que fazem apologia de vídeos bestas da Internet. Mas eu estava vendo um filme de velho oeste, sabe, daqueles que os caras são rápidos no gatilho, são tão feios quanto agente que é normal e resolvem as coisas na bala. A única bala que conheço é aquela doce. Li sobre a história daqui de São Bento que nos bailes antigamente sempre havia tiroteio. Devia ser um sarro. Imagina, os caras pulando nos cavalos e ao mesmo tempo atirando... Cavalos, hoje tem uns cavalos por aí ainda... mas andam em duas pernas. As balas fazendo aqueles barulhos, tipo ricochetando, quebrando vidraça, devia ser o baile de São Bento uma

Dia "sei lá", engraçado

Dia “sei lá”, engraçado             Hoje eu estava cansado, sei lá, sem rumo, e ajudava amigos a prestar conta de nosso projeto cultural de livro “Vida; motivos, degraus”, isso agora após esse feriado do dia dos namorados. O amor que parece cafona, sei lá, sentimento meio ambíguo, meio umbigo, bingo. Eu não sei se ano passado havia a Copa nessa época, aquele fiasco. Naquela época eu ganhei um presente de uma cliente apaixonada, uma camisa azul pirata da seleção, ainda com o “hexa” passado, e ainda de outra um ursinho, de amor meio virtual. Sei lá, esse ano foi muito estranho, agradeço pela feira do livro, que foi pelo menos uma homenagem para as letras que rabisco. Falamos para crianças no palco, senti-me “de volta para o futuro” de um maternal, tipo com aquele carro voador, tipo velho, ou de trem que voava, coisa dos anos 80.   Não sei se vendi livros, mas também ficava difícil concorrer com livros de tipo 1 real, 3 reais. Havia uns palhaços na rua, não os motoristas, mas palhaços